Olivêra leva seu realismo transcendental à Autêntica
Abusando da paixonite, da filosofia de boteco e dos clichês do que é ser tupiniquim, o artista mineiro conta suas histórias e apresenta seu repertório autoral em BH
Fazendo jus à alcunha de artista rústico-transado, movido pela paradoxal identidade démodé-futurista, Olivêra apresenta o show ‘Terceiro Mundo Transcendental’, na A Autêntica, em Belo Horizonte, com apresentação mesclando gêneros musicais brasileiros à energia eloquente do rock, em uma espécie de antropofagia estética, mais aquele flerte gostoso com o brega-romântico.
O Terceiro Mundo Transcendental é um convite à subversão das caricaturas impostas à identidade brasileira, como um movimento de autoestima, pautado na tríade: simplicidade, incômodo e afeto. Totalmente autoral, o show transita do samba ao indie rock; com destaque às letras espirituosas, aos arranjos sincopados e aos acordes dissonantes.
A apresentação contará com projeções poéticas da artista visual Milena do Carmo e a intervenção literária do escritor Ulisses Vasconcellos, que recentemente lançou o livro de crônicas ‘Isso que eu falei’. Acompanham Olivêra: Wesley Moura, bateria; Fred Mucci, contrabaixo; Otávio Cotta, guitarra; André Albernaz, no teclado, violão e na guitarra; Mayra Tardeli, no pandeiro e na voz; e Rayana Toledo, na voz.
Sobre Olivêra
Natural de Ipatinga (MG), Olivêra é cantor, compositor, multi-instrumentista, produtor musical e jornalista. Além da carreira solo, canta nos Blocos Tchanzinho Zona Norte, Toca Raul Agremiação Psicodélica e é tecladista da banda de ska/punk O Leopardo.
Na primeira fase de sua carreira, sob a alcunha de Marcos Sandália & Meia, Olivêra apresentou a Trilogia Imperfeita, composta pelos discos ‘Teimoso, Vaidoso e Outros Defeitos Mais’ (2017), ‘Canções Ingratas’ (2018) e ‘Esqueça a Cortesia, Rasgue a Poesia’ (2019). Os álbuns destacam-se pela linguagem simples, apaixonada, irônica e nostálgica, no que a bibliografia chamou de rock-brega-jovem-guardista-conceitual, a partir da mistura de baladas, grooves, blues, folk-rock e bossa/jazz.
A atual fase de Olivêra teve início com o disco ‘Brasileiro Nato’ (2020), com arranjos de viola caipira, explorando gêneros como cantigas, cirandas e folias. Na sequência, ‘Terceiro Mundo Transcendental’ (2022) reinventa clichês da música brasileira, a partir de arranjos sincopados e acordes dissonantes
Serviço
Olivêra na A Autêntica
Data: 21 de setembro, 19h
Local A Autêntica